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09 Abril, 2018 - Laboratório de Análises Clínicas Saúde Erechim Gaurama Três Arroios Laboratório de exames Exames

Toxoplasmose Gestacional

A toxoplasmose é uma das infecções parasitárias mais comuns em humanos e possui ampla distribuição geográfica. Segundo estudos realizados no Brasil, a soroprevalência de toxoplasmose na população adulta varia entre 40% e 80%, sendo que, no Rio Grande do Sul, cerca de 82% da população adulta apresenta sorologia positiva para o Toxoplasma gondii.

No organismo, o T. gondii sobrevive em líquidos orgânicos como saliva, leite, esperma e em outras secreções e excreções.

A toxoplasmose congênita (toxoplasmose gestacional) é uma das formas de transmissão muito importante, pois o parasita ultrapassa a barreira placentária e infecta o feto. No primeiro trimestre da gestação, essa infecção pode gerar lesões mais graves, no entanto, a infecção materna que ocorre no último trimestre, embora com maior frequência, tem menor gravidade; portanto, no decorrer da gestação há um aumento no risco de transmissão para o feto e diminuição da gravidade do acometimento fetal. Mulheres que apresentam sorologia positiva antes da gestação geralmente não a transmitem para o feto, porém, cistos teciduais em quiescência (adormecidos) de infecção passada (antes da gestação) podem reiniciar o ciclo de vida do parasita em gestantes imunodeprimidas e, em casos raros, em gestantes imunocompetentes.

A maioria dos recém-nascidos infectados não apresenta sintomas, outros desenvolverão sequelas após o nascimento, como coriorretinite, retardo mental e moderada perda da audição.  Em torno de 15% dos recém-nascidos infectados, as lesões oculares são o único sinal clínico, sendo a retinocoroidite a principal lesão observada, podendo estar acompanhada de outras alterações oculares, como iridociclite, catarata, glaucoma, estrabismo, nistagmo e descolamento da retina.
Nos casos mais graves de infecção congênita, o recém-nascido pode apresentar modificação do volume craniano, calcificações intracerebrais e/ou convulsões. No soro do recém-nascido, a presença de títulos elevados de anticorpos IgG, que aumentam ou permanecem positivos em período de até 18 meses, é indicativo de toxoplasmose congênita.

O diagnóstico se dá através de um exame de sangue, sorologia para toxoplasmose, o diagnóstico precoce permite a inclusão da gestante para tratamento ainda no início da infecção, o que minimiza as complicações clínicas da toxoplasmose. Na fase aguda da toxoplasmose, a primeira imunoglobulina a ser produzida e a IgM, seguida da produção de imunoglobulina G (IgG). No teste avidez de anticorpos IgG, eles aparecem mais tarde, indicando que o paciente já foi exposto ao parasita.  Na infecção aguda, anticorpos IgG ligam-se fracamente ao antígeno (baixa avidez). Já na infecção crônica (> 4 meses) tem-se elevada avidez, porém não é possível diferenciar entre uma infecção recente ou uma infecção que ocorreu no passado.  A presença do anticorpo IgM confirma uma infecção aguda, e o seu grau de elevação pode ser utilizado para diferenciar quando ocorreu a infecção. Imunoglobulinas como a IgA e a IgE, quando detectadas, podem estar relacionadas a infecção aguda da toxoplamose para a avaliação de infecção recente. Para o diagnóstico definitivo de infecção aguda na gestação, seriam necessários testes seriados para identificar soroconversão materna, quando previamente diagnosticada como susceptível à infecção ou, ainda, a utilização de testes confirmatórios, sendo que a sensibilidade é mais elevada quando realizada entre 17 e 21 semanas de gestação.

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