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23 Março, 2018 - Laboratório de Análises Clínicas Saúde Erechim Gaurama Três Arroios Laboratório de exames Exames

Susceptibilidade antimicrobiana de bactérias isoladas de colchões hospitalares

As infecções hospitalares atualmente constituem um grave problema de saúde pública, pois o seu conhecimento, prevenção e controle ainda representam um desafio a ser enfrentado. Infecções hospitalares são infecções adquiridas durante a hospitalização, no Brasil, os dados revelam que entre 6,5% e 15% dos casos são infecções hospitalares, enquanto que, na Europa e Estados Unidos da América (EUA), essa taxa é de 10%.

Os principais microrganismos responsáveis por essas infecções são: Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, essas bactérias apresentam um perfil de resistência alto para a maioria dos antimicrobianos comumente usados.

O ambiente hospitalar, pode proporcionar focos de contato e de transmissão. Tais focos hospitalares são representados por superfícies, utensílios hospitalares, funcionários e pelo próprio ambiente. No ambiente hospitalar, encontramos os colchões, que permanecem próximos aos pacientes e apresentam maior contato com o corpo, podendo servir de depósito para sujidades e para microrganismos responsáveis por infecções, fator que determina a possível contaminação por bactérias provindas, principalmente, de pacientes, fortalecendo a convicção de esses colchões são importantes reservatórios de bactérias multirresistentes. Assim, a higiene do colchão é necessária. Pesquisadores analisaram 50 colchões e encontraram a presença de 15,6% deles contaminados por Staphylococcus aureus, enquanto que Pseudomonas aeruginosa foi isolada apenas em três colchões, pois sua presença em colchões não é comum, uma vez que prefere ambientes úmidos como torneiras. Outros patógenos como Staphylococcus coagulase negativa (SCN) e Enterobacter sp. foram também encontrados. Esses microrganismos são considerados patógenos oportunistas e podem ser responsáveis pelo aumento no índice de infecções hospitalares.

As possíveis falhas na limpeza e higienização dos colchões, destacando principalmente a perda da impermeabilidade da capa, a não verificação constante da efetiva limpeza da superfície do colchão, a reutilização de panos úmidos para desinfecção, a não observação do tempo de exposição da superfície ao desinfetante, a falta de padronização do processo de higienização e a falta de qualificação dos profissionais que realizam a higienização dos colchões, contribuem para o aumento das infecções hospitalares.

A correta higienização dos colchões é muito importante, deve ser feita com água e sabão ou detergente, seguido das fases de enxague, secagem e realização da desinfecção com o álcool  70%, ou outro desinfetante definido pela comissão local de controle de infecção hospitalar. Tais desinfetantes, como antissépticos, álcool 70% e os compostos quaternários de amônio são muito utilizados em ambientes hospitalares por apresentarem excelente ação bactericida. Por isso, para obtenção de uma boa higienização deve-se considerar a correta execução de todo procedimento de limpeza e a carga microbiana inicial. Portanto, é possível afirmar que um processo de limpeza e desinfecção bem eficiente seja imprescindível para reduzir focos de transmissão cruzada e reservatórios de bactérias como medidas de controle e prevenção à ocorrência de infecções e realizar análises microbiológicas para verificar a eficácia dessas medidas.

Fonte: Revista Brasileira de Análises Clínicas.

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