Muito se ouve sobre casos em que profissionais sem qualquer qualificação são colocados “em treinamento” na coleta para posterior efetivação no cargo. Apesar de todas as pessoas julgarem ser fácil coletar sangue de pacientes, esse procedimento não é tão simples quanto parece, se fosse, qualquer um poderia realizar a coleta não é? Ainda mais em se tratando de crianças, nelas a dificuldade em se puncionar uma veia é duas vezes maior, o profissional tem que lidar com a dificuldade do método e em alguns casos com os pais, que estão ansiosos, com medo e que pressupõem que se deve conseguir puncionar de “primeira”.
Mas voltando a pergunta, coleta pode ser realizada por profissional sem qualificação? Não, não pode, se trata de um procedimento invasivo que pode ter complicações se realizado por profissional que não é formado, um estagiário por exemplo, por mais que esteja estudando ainda não está qualificado a exercer as funções sozinhos, deve sempre estar acompanhado de um supervisor. O hematoma é uma consequência comum da punção, ele origina-se do extravasamento do sangue para o tecido sob a pele, durante ou após a punção. O procedimento de dobrar o braço após a retirada da agulha e/ou carregar objetos relativamente pesados, fazer esforço logo após a coleta, contribuem, e muito, para a formação do hematoma mesmo após uma coleta de sangue bem sucedida. Mas há complicações mais importantes e isso pode ocorrer quando o profissional não possui conhecimento específico para executar essa função.
Portanto sempre se certifique de que o local de saúde o qual escolheu para essa função, possua profissionais qualificados, com formação na área da saúde, que preze pela qualidade dos métodos e com a sua saúde, eles vão saber lhe explicar sobre o procedimento e lhe orientar sobre os cuidados pós punção e o que fazer quando aparecer um hematoma por exemplo. Se a punção já é difícil para um profissional formado e com experiência imagina para uma pessoa que não tem qualificação não é?
