O Infarto do Miocárdio (IM) é uma das principais causas de morte no mundo desenvolvido e devido ao crescimento da sua prevalência, se torna um sério problema de saúde pública. O diagnóstico se dá pela presença de dois dos três fatores principais: clínica típica, eletrocardiograma alterado e elevação das enzimas cardíacas. Os biomarcadores são fundamentais para o diagnóstico e prognósticos dos pacientes com sinais de infarto agudo do miocárdio (IAM), uma vez que, há dificuldade de detecção do quadro através das variadas manifestações sintomáticas (muitas vezes inespecíficas ou ausentes) e o ECG não detecta cerca de 50% dos casos quando realizado apenas uma vez, o que representa um risco alto de se ter um diagnóstico incorreto.

As troponinas cardíacas (cTn) são marcadores bioquímicos para a lesão do tecido miocárdio, são os melhores testes bioquímicos no diagnóstico de IAM, considerados biomarcadores padrão ouro. A elevações desse marcador, podem não estar associados a síndromes coronarianas agudas (SCA), pode aparecer em outras situações clínicas, como:  hipovolemia, insuficiência cardíaca congestiva, miocardite e contusões miocárdicas, ou seja, podemos dizer que as troponinas são específicas para lesões miocárdicas mas não são específicas quanto a etiologia. A elevação desse marcador ocorre dentro de 4 a 8 horas após o início da dor e atinge concentração máxima entre 12 e 24 horas, permanecendo elevada durante 3 a 10 dias após o IAM.

Na CK-MB, a primeira elevação ocorre entre 4 e 6 horas após o início dos sintomas, porém para uma melhor sensibilidade e especificidade, são recomendadas dosagens durante um período de 8-12 horas. A elevação permanecerá por 24 a 36 horas após o início da dor (sintomas), por essa característica clínica, o uso da CK-MB é vantajoso quando usado para detectar reinfarto. Ele é muito utilizado quando a elevação da troponina está ausente.

Sendo assim, a principal diferença entre esses dois marcadores bioquímicos, é que, a troponina permanece elevada por mais tempo após o infarto, é mais específica para lesão miocárdica, detecta pequenas quantidades de lesão miocárdica e detecta um IM pequeno ou uma necrose mínima.

A troponina é o biomarcador que mais se aproxima do ideal, porém há atualmente novos marcadores sendo estudados.

Fonte: newslab